Antes da pandemia, muitos casais viviam como "dois navios que se cruzavam durante a noite", diz a terapeuta sexual Emily Jamea de Houston, no Texas.
Antes sobrecarregados com compromissos fora de casa, alguns viram os lockdowns impostos pela pandemia de covid-19 como uma pausa um tanto quanto necessária, ficar confinado em casa, permitiu aos casais desacelerar e dedicar mais tempo a momentos íntimos juntos, porém, com o passar do tempo houve
Um declínio no desejo sexual;
Como Jamea observou, muitos casais desfrutaram de um pequeno impulso em suas vidas sexuais.
A Rhonda Balzarini, psicóloga social e professora assistente da Texas State University, nos Estados Unidos, descreve esse pico inicial no desejo sexual como uma fase de "lua de mel", quando as pessoas reagem de forma mais construtiva ao estresse.
Balzarini observou esse padrão em participantes — com 18 anos ou mais, provenientes de 57 países — de um estudo que ela e os colegas conduziram durante a pandemia.
No início, eles observaram fatores, como a preocupação financeira, associados a um maior desejo sexual entre os casais.
No entanto, ao longo do tempo, conforme as pessoas relatavam o aumento de fatores de tensão e depressão relacionados à pandemia, incluindo solidão, estresse em geral e preocupações específicas com a covid-19, elas também relatavam a diminuição do desejo sexual pelos parceiros.
A grande conclusão deste estudo, de acordo com Balzarini, é a relação entre estresse, depressão e desejo sexual.
No início da pandemia, os fatores de estresse podiam não estar "desencadeando a depressão" ainda. Mas quando esses fatores de estresse se tornaram prolongados, as pessoas ficaram exaustas.
O estresse está correlacionado com a depressão, e "a depressão afeta negativamente o desejo sexual", diz ela.
Da Redação TANOIBOPE
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-56970857